24 de dezembro de 2011

Rascunhos sem fim...

Querido Pepe,

esses dias têm sido difíceis para mim, e o são ainda mais por não estares aqui para me consolares. Há vezes que sinto tanto a tua falta que ouço tua voz sussurrando em meu ouvido antes de dormir, já cheguei até a levantar-me da cama. Queria-te aqui Pedro, porque eu não consigo confiar em mais ninguém, porque eu não  me sinto capaz de seguir sozinha. Sabe aquele amor do qual te falei, o que eu achei que fosse ser para sempre? Foi tudo ilusão meu amigo, até mesmo a amizade que pensei estar construindo. Acho que eu só servia para você e não há ninguém como você neste mundo jovenzinho. Como poderia? És único, especial, sempre serás.
Há pouco visitei aquele lugar que apenas nós dois conhecíamos, tudo mudou por lá também... Por que as coisas não podem ser as mesmas? Estou cansada de tanta mudança.

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Querido Pepe,

escrevo-lhe esta carta com o coração devastado e venho por meio da mesma pedir-lhe que cuide deste anjinho que sobe, cuide até que eu chegue para ficar com vocês. Eu sei que você não me entende agora, eu honestamente espero que o faça um dia, decerto o farás. Pedro, onde está aquela cola mágica da qual tanto falavas? Preciso colar umas coisinhas, um coração, esse orgulho partido e uma alma despedaçada. Como esconder toda essa dor que me corrói? Como disfarçar os olhos tristes e vazios? Não me venhas com os sermões de sempre, não quero aprender nada sozinha. Acostumaste-me mal, aninhei-me em teu colo e simplesmente partiste.
Sem um ponto definitivo... Somos reticências Pedro, e reticências são mal-resolvidas! Cheios de interrogações e teorias absurdas.