17 de janeiro de 2011

Primeiro Encontro

- De todas as maneiras que há de amar, nós já nos amamos.
- Com todas as palavras feitas pra sangrar, já nos cortamos.
- Agora já passa da hora, tá lindo lá fora.
- Larga a minha mão, solta as unhas do meu coração.
- Que ele anda apertado...
- Bom saber que ao menos a nossa música você lembra.
- Isso porque alguém sempre me liga e deixa esta música falar.
- Desculpa... Eu juro que paro.
- Não por favor... Continue.
-... - O silêncio a violentou, como de costume. Aquele vazio dele. Nele, deixado por ele.
- De todas as maneiras, que há de amar...
- Nós já nos amamos.
- Com todas as palavras feitas pra humilhar...
- Nos afagamos.


Agora já passa da hora, solte sua mão.
Largue as unhas de seu coração.
Que ele anda apertado.
E desanda a bater desvairado quando  entra o verão.

4 comentários:

  1. "O silêncio a violentou, como de costume. Aquele vazio dele. Nele, deixado por ele." Muito bom.

    Selos para você lá no Sangue e Solidão.
    http://sangueesolidao.blogspot.com/p/selos.html

    ResponderExcluir
  2. ''Agora já passa da hora, solte sua mão''
    Já passou do tempo. E eu sinto o gélido deixado.

    Bom trabalho, jogo de palavras que despertam interesse. Gostei desse ar pseudo-melancólico, deixou audaz.

    ResponderExcluir
  3. Doug, agradecer-te nunca é exacerbo. Muito obrigado.

    ---

    T. Cortez
    Obrigado pelos elogios querida, apareça sempre que quiser.

    ResponderExcluir