27 de outubro de 2011

Kiss me here, yeah baby, and go rest...

 Todo mundo tem um artista preferido, alguém com quem se identifique, que te inspire. A Amy não era um exemplo a ser seguido, tinha um talento quase surreal, mas não tinha autocontrole. Tinha uma voz incrível, mas não tinha amor próprio. Ela se destruiu, se matou, mas gritou por ajuda, pediu, implorou.
Acho que ninguém ouviu. Ninguém ouviu ela dizer que não queria beber de novo, que só precisava de um amigo. Ninguém ouviu que esse amor que ela sentia pelo Blake era destrutivo e que ela não queria aquilo, mas não sabia como se livrar dos próprios sentimentos. Ninguém nunca vê nem ouve nada até que seja tarde demais.

Se não enxergam o quanto uma pessoa pública está perdida, pobre daquele anônimo, que ficará marcado como o bêbado, o drogado, o fraco.

 À uma Amy que tinha o talento pra dar certo. À uma garota de carisma e voz inacreditáveis. À uma alma atormentada.  
Um brinde à solidão coletiva.

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